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O Internacional de Porto Alegre venceu com facilidade o Cuiabá, ontem, no Beira-Rio, por 3 a 9. Após o término do jogo, o presidente do Colorado deu uma entrevista à SporTV na qual falou do fair play financeiro e a Revista Colorada deu destaque às palavras do dirigente.

Segundo Alessandro Barcellos, defender o fair play financeiro é também defender um Brasileirão mais competitivo. De acordo com ele, não é isso o que está ocorrendo no país. “Em alguns casos, temos visto o fair play servindo para distanciar mais quem tem mais dos estão trabalhando para ter mais”, afirmou o presidente do Inter.

Barcellos disse que a CBF já tentou criar um modelo que fosse capaz de colocar mais times na mesma prateleira financeira, produzindo assim um campeonato mais competitivo.

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O presidente do Inter disse que seu clube vem de “três superávits seguidos”. Porém, nesse ano, em razão das enchentes que afetaram o Estado, o Inter vai enfrentar “dificuldades”. Para Barcellos, “isso tem de ser considerado num contexto de Brasil, porque os outros estados terão, nosso rival Grêmio terá essa dificuldade, mas isso dentro de uma regra calara que fique transparente entre os clubes para que a gente possa evoluir nesse aspecto e dê segurança para quem quer investir no Brasil e no futebol brasileiro”.

Realmente, depois que as SAFs chegaram aos clubes brasileiros, isso pode realmente reconfigurar o futebol nacional. O Botafogo, que é o atual líder do campeonato brasileiro, é uma SAF.

Na UEFA, na próxima temporada, os clubes só poderão gastar 70% do que eles ganham no ano com transferências, salários e comissões para empresários. Ou seja, se um clube faturou 100 milhões de euros, só poderá gastar 70 milhões e assim por diante.

Na Premier League, esse valor é de 85%. Portanto, se um time ganhou 100 milhões de euros, poderá gastar então 85 milhões em transferências, salários e comissões.



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Alguns times, tentam burlar essa regra fazendo contratos mais longos. O Chelsea, por exemplo, tem contratado jogadores por 6, 7 e até 8 anos. Dessa forma, é possível parcelar os gastos e assim ter uma abertura maior anualmente.

Por exemplo, o Chelsea nessa janela contratou o atacante português Pedro Neto, do Wolverhampton, por 63 milhões de euros. Porém, Neto fechou um acordo de sete anos com o time de Londres. Assim, o valor acaba sendo dividido e o clube pode trazer mais jogadores nos anos seguinte — desde 2015, o Chelsea já gastou 2,7 bilhões de euros em contratações (o que equivale a aproximadamente R$ 17 bilhões).

Muitos comentaristas acreditam que se ocorrer com algum time do Brasil algo semelhante, o futebol nacional acabaria sendo engolido por algum domínio esportivo. Porém, esse não foi o caso do Chelsea, que mesmo após gastar essa montanha de dinheiro não conseguiu montar uma equipe capaz de dominar as competições europeias.

No mesmo período, o Liverpool, que gastou 1,2 bilhão de euros, teve um desempenho esportivo muito semelhante ao dos blues. O time de Klopp venceu duas Copas da Liga Inglesa, uma Copa da Inglaterra, uma Premier League, uma Champions uma Supercopa e um Mundial; já o Chelsea conquistou uma Copa da Liga Inglesa, uma Copa da Inglaterra, duas Premier League, uma Liga Europa, uma Supercopa, uma Champions e um Mundial.

Aqui no Brasil nós temos o exemplo do Fortaleza, que não tem a mesma força financeira de times como o Corinthians, mas consegue um desempenho esportivo razoável quando comparado ao de outros times.

Por essa razão, há comentaristas e pessoas ligadas ao futebol que são contra um fair play financeiro muito restritivo.

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Uma coisa é certa, mesmo com o fair play, os clubes com mais torcidas e portanto com a capacidade financeira maior terão sempre um valor maior para gastar com elenco. Por exemplo, no caso do Internacional, ele será um time com um fair play e uma capacidade financeira maior que o do Juventude pela simples razão de o Colorado faturar mais do que o time de Caxias do Sul.

Portanto, o fair play financeiro não é a solução de todos os nossos problemas. O que está acontecendo é que agora, com Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, Bahia e outros clubes recebendo dinheiro pelas SAFs, outros clubes acabam levantando a lebre do fair play.

O fair play financeiro é algo necessário. Porém, ele está longe de ser a solução para tornar o Brasileirão mais competitivo. Certamente nós teríamos um Brasileirão mais competitivo se todos os clubes fossem administrados corretamente, independe de existir um fair play financeiro ou não por aqui.

Crédito da foto: Divulgação/Internacional

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