A relação entre Lucas Paquetá e as apostas está sendo investigada desde 2023, colocando o nome do jogador do West Ham e da seleção brasileira no centro da polêmica de manipulação de resultados que favorecem apostadores e casas de apostas esportivas.
Com quase dois anos desde a divulgação de informações que associavam o atleta às apostas, o caso sofreu novo desdobramento em abril de 2025 com o adiamento do julgamento que poderia definir o futuro de Paquetá no futebol.
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Paquetá e as apostas: quais as acusações formais da Federação Inglesa?
A Associação de Futebol da Inglaterra (FA) denunciou formalmente Lucas Paquetá em maio de 2024, acusando o jogador de má conduta relacionada a apostas esportivas em quatro partidas específicas do Campeonato Inglês.
As acusações afirmam que o jogador violou a Regra E5.1 da federação ao tentar “influenciar o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência dessas partidas ao tentar intencionalmente receber um cartão do árbitro com o propósito impróprio de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas lucrassem com as apostas”.
Os jogos em questão ocorreram entre novembro de 2022 e agosto de 2023, envolvendo confrontos contra:
- Leicester City (12 de novembro de 2022);
- Aston Villa (12 de março de 2023);
- Leeds United (21 de maio de 2023);
- Bournemouth (12 de agosto de 2023).
Em todas estas partidas, o meia brasileiro recebeu cartões amarelos, que teriam sido, segundo as investigações, intencionalmente forçados visando beneficiar apostadores.
A regra E5.1 da FA estabelece que um jogador “não deverá, direta ou indiretamente, tentar influenciar, para fins impróprios, o resultado, o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência em ou em conexão com um jogo ou competição”.
É importante ressaltar que, de acordo com a documentação da federação inglesa, ofensas por apostas são distintas de acusações de manipulação dos jogos, mas quando pode ser provado que uma aposta afetou o resultado ou decorrer de uma partida, a acusação se torna mais específica e grave.
Além das acusações iniciais, em outubro de 2024, Paquetá recebeu duas novas acusações relacionadas à obstrução da investigação. Segundo o jornal inglês The Sun, o jogador teria utilizado um segundo celular enquanto a FA estava de posse de seu aparelho original para investigação. Após ter seu telefone devolvido, Paquetá teria descartado o dispositivo secundário, o que foi interpretado como uma tentativa de obstruir o processo investigativo.
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Como as investigações chegaram ao jogador brasileiro?
A relação entre Paquetá e as apostas começou a ganhar forma quando sistemas de monitoramento de integridade de casas de apostas detectaram movimentações financeiras atípicas. Aproximadamente R$ 60 mil foram apostados prevendo que Lucas Paquetá e Luiz Henrique (então jogador do Real Betis) receberiam cartões amarelos em determinados jogos.
Estas apostas, registradas em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, chamaram a atenção dos órgãos de fiscalização devido ao valor incomum e à assertividade das previsões.
A International Betting Integrity Association (IBIA), entidade criada por casas de apostas para monitorar e fiscalizar o mercado, detectou estas movimentações suspeitas especialmente na Betway, patrocinadora do West Ham, clube de Paquetá.
Este tipo de monitoramento é fundamental para identificar padrões anormais que possam indicar manipulação de resultados ou eventos específicos durante partidas.
As investigações ganharam maior embasamento quando foram identificadas possíveis conexões entre Paquetá e os apostadores.
Uma reportagem da UOL revelou que familiares de Lucas Paquetá teriam realizado duas transferências, totalizando R$40 mil, para o atacante Luiz Henrique, que também está sob investigação por situação semelhante.
Com essas evidências em mãos, a Federação Inglesa realizou uma ampla investigação para estabelecer vínculos entre o jogador e os apostadores e, embora não tenham sido encontradas conversas explícitas sobre apostas nos dispositivos eletrônicos de Paquetá, os investigadores alegaram ter provas suficientes de proximidade entre o jogador e os envolvidos nas apostas suspeitas.
A investigação no Brasil e o envolvimento de familiares
O caso ultrapassou as fronteiras do futebol inglês e chegou ao Congresso Nacional brasileiro. Em março de 2025, a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, presidida pelo senador Romário, aprovou um pedido para investigar Bruno Tolentino, tio de Lucas Paquetá, por suposta manipulação de jogos de futebol para benefício em apostas.
Seis dos sete senadores presentes votaram a favor de que a Polícia Federal e o Ministério Público investigassem Tolentino por supostamente se beneficiar de cartões amarelos premeditados contra seu sobrinho (Paquetá) e o atacante Luiz Henrique, ex-jogador do Botafogo atualmente no Zenit, da Rússia.
Esta decisão da CPI coincidiu com o início do julgamento de Paquetá na Inglaterra, aumentando a pressão sobre o jogador.
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O processo de julgamento e seu adiamento
O julgamento de Lucas Paquetá sobre as apostas teve início em 17 de março de 2025, conforme anunciado pela imprensa inglesa. O processo, conduzido por um painel independente designado pela Federação Inglesa, estava previsto para durar aproximadamente três semanas.
No entanto, em 7 de abril de 2025, foi anunciado que o julgamento não havia sido concluído dentro do prazo estipulado. Segundo o jornal britânico The Guardian, o painel não conseguiu chegar a um veredito devido à complexidade do caso. Além disso, foi informado que a audiência não seria retomada até junho.
Com isso, o julgamento do atleta está adiado e sem data certa para retomar.
Qual é a posição de Paquetá sobre as apostas?
Durante todo este período, o jogador brasileiro tem mantido sua posição, negando veementemente qualquer envolvimento com manipulação de resultados ou eventos específicos durante as partidas.
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Possíveis penalidades e o futuro de Paquetá
As possíveis punições para Paquetá, caso seja considerado culpado, são potencialmente severas. Embora a FA não especifique detalhadamente as faixas de sanções, em casos de uso de informação privilegiada para apostas, as punições podem variar de multa e suspensão de seis meses até o banimento definitivo do esporte.
Diversos veículos da imprensa britânica, incluindo a Sky Sports e o The Guardian, reportaram que a Federação Inglesa estaria pedindo o banimento de Lucas Paquetá do futebol.
Esta seria a penalidade mais severa possível, com consequências devastadoras para a carreira do meio-campista brasileiro.
Todavia, na prática, o caso já teve impacto na trajetória de Paquetá na seleção brasileira. Por exemplo, o jogador chegou a ser deixado de fora de convocações quando Fernando Diniz comandava a equipe, justamente devido às suspeitas de envolvimento com manipulação de apostas.
Posteriormente, com a mudança de comando técnico, ele voltou a ser convocado por Dorival Júnior para defender a seleção.
Em relação ao West Ham, o craque continua a jogar normalmente pela equipe na Premier League.
Fato é que o futuro desfecho da polêmica relação entre Paquetá e as apostas poderá não apenas definir o futuro de um dos maiores talentos atuais do futebol brasileiro, mas também estabelecer precedentes importantes no combate à manipulação de resultados relacionada a apostas esportivas.
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