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A história do futebol brasileiro é repleta de conquistas, ídolos e momentos inesquecíveis. Mas também é marcada por episódios de corrupção, escândalos e investigações que abalaram a credibilidade de suas instituições. Entre esses episódios, a CPI CBF-Nike, instaurada no início dos anos 2000, ocupa lugar de destaque como a primeira CPI do futebol brasileiro.

Mas, afinal, o que foi a CPI CBF-Nike que aconteceu há mais de 25 anos?

Quais os resultados e punições? 

Se você quer relembrar ou conhecer este episódio da história do futebol brasileiro, chegou ao lugar certo.  

Continue lendo para entender o que foi a CPI CBF-Nike, o que elainvestigou, as polêmicas da época, seu contexto, desdobramentos e resultados.

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O contexto da CPI CBF-Nike: o contrato CBF-Nike 

Em 1995, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), presidida por Ricardo Teixeira, assinou um contrato milionário com a Nike para fornecimento de material esportivo à Seleção Brasileira

O acordo, avaliado em cerca de US$ 400 milhões por dez anos, previa que US$ 160 milhões ficariam para a CBF, enquanto o restante seria destinado à produção de uniformes, viagens, marketing esportivo e uma indenização de US$ 8 milhões à Umbro, fornecedora anterior.

O contrato foi celebrado como um marco de modernização e profissionalização do futebol brasileiro, mas logo surgiram dúvidas sobre sua transparência e os reais benefícios para a CBF. 

A entidade, que alegava dificuldades financeiras, passou a apresentar prejuízos anuais após a assinatura do acordo, levantando suspeitas sobre a gestão dos recursos e a influência da Nike nas decisões da Seleção.

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A instalação da CPI CBF-Nike

O estopim para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi a Copa do Mundo de 1998, na França. A derrota do Brasil para a França na final, somada a rumores de interferência externa na escalação do time e na realização de amistosos, aumentou a pressão por investigações. 

Parlamentares, imprensa e torcedores passaram a questionar a relação entre a CBF e a Nike, especialmente após denúncias de que a empresa teria poder de veto sobre jogadores e influência direta na agenda da Seleção.

Com a pressão popular e política, em 2000, a Câmara dos Deputados instalou oficialmente a CPI CBF/Nike, sob a presidência de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e relatoria de Silvio Torres (PSDB-SP). 

O objetivo era justamente apurar possíveis irregularidades no contrato entre a CBF e a Nike, além de investigar a gestão financeira da entidade e possíveis práticas ilícitas, dentro da confederação.

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Na prática, a CPI CBF-Nike teve como foco principal:

  • Análise do contrato entre CBF e Nike: Havia suspeitas de cláusulas abusivas, falta de transparência e benefícios desproporcionais à empresa americana, que foram alvo da CPI e de investigações que embasariam o relatório (se ele existisse).
  • Gestão financeira da CBF: Era importante resolver as contradições nos balanços, doações e empréstimos realizados pela entidade, mesmo alegando dificuldades financeiras.
  • Doações para campanhas políticas: A CPI apurou que a CBF fez doações a candidatos a deputado e senador, prática proibida por lei para entidades sem fins lucrativos à época. Entre os recebedores das doações estavam nomes conhecidos como o deputado Eurico Miranda (PPB-RJ) e Darcísio Perondi (PMDB-RS), ambos membros da própria CPI. O valor das doações ultrapassou R$650 mil, o que levantou suspeitas de compra de apoio político.
  • Aplicações financeiras no exterior: Entre os problemas averiguados pelas investigações estavam as movimentações de recursos da CBF em contas internacionais, inclusive aplicações em ouro.
  • Influência da Nike na Seleção: Não eram poucas as denúncias de que a Nike teria poder de convocar até oito jogadores e decidir sobre amistosos da Seleção Brasileira.😱

A CPI CBF-Nike ouviu 125 depoentes em 237 horas de reuniões, incluindo o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o atacante Ronaldo, que ainda atuava pela Seleção Brasileira. 

Contudo, a chamada “bancada da bola” no Congresso atuou fortemente para proteger dirigentes e evitar o avanço das investigações. 

O lobby político e jurídico em torno da CBF foi apontado como um dos principais obstáculos para o sucesso da CPI, que terminou em pizza.

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O processo da CPI CBF-Nike: condução e resultado frustrado

A CPI CBF-Nike funcionou entre 2000 e 2001, realizando dezenas de sessões públicas e audiências, com análise de documentos, contratos, extratos bancários e depoimentos de dirigentes, empresários, políticos e atletas.

O relatório final, elaborado pelo deputado Silvio Torres detalhava as irregularidades encontradas, além de:

  • suspeitas de lavagem de dinheiro;
  • evasão de divisas;
  • corrupção ativa e passiva;
  • gestão temerária dos recursos da CBF.

Com isso, o relator pedia o indiciamento de Ricardo Teixeira e outros 33 nomes, entre dirigentes, empresários e envolvidos no escândalo. 

Apesar do volume de informações e das evidências apresentadas, a CPI CBF-Nike terminou sem a aprovação do relatório final

Em resumo, o trabalho da CPI, embora tenha exposto diversos “problemas” na relação entre a CBF e Nike, não resultou em punições concretas aos principais envolvidos. 

O contrato entre CBF e Nike foi revisto, mas a entidade continuou a manter relações comerciais com a empresa.  A CBF, por sua vez, não implementou reformas estruturais em sua gestão, e a lisura da entidade voltou a ser questionada em escândalos posteriores, como o que está acontecendo agora, em 2025, com uma série de escândalos envolvendo a CFB, gastos exorbitantes, afastamento de jornalistas e mais. 

Sobre os casos mais recentes, você pode conferir tudo no rigor especial; “6 escândalos na CBF em 2025: dossiê com um resumo das polêmicas da entidade até agora”.

Em 2025, CBF pode ser réu novamente de CPI

A CBF pode se tornar ré novamente em uma CPI em 2025 devido à sucessão de escândalos que vieram à tona neste ano, envolvendo desde gastos milionários questionáveis até denúncias de abuso de poder e interferência em veículos de comunicação. 

Reportagens recentes, como da revista Piauí, revelaram que a entidade financiou despesas de pessoas sem vínculo direto com o futebol durante a Copa do Mundo, gastou valores elevados com advogados e acordos judiciais, e foi acusada de instalar câmeras escondidas para monitorar funcionários em sua sede. 

Além disso, o afastamento de jornalistas da ESPN após críticas à gestão da CBF levantou suspeitas de tentativa de cerceamento da liberdade de imprensa, agravando ainda mais a crise de credibilidade da instituição.

Diante desse cenário, o deputado Coronel Meira (PL-PE) protocolou um pedido de abertura de CPI para apurar possíveis irregularidades na gestão da entidade, especialmente após as denúncias.

 O requerimento destaca que, apesar de ser uma entidade privada, a CBF exerce função de interesse público e movimenta recursos de grande impacto econômico e social. 

Ou seja, mesmo que a CPI CBF-Nike tenha sido um marco na história do futebol brasileiro, o desafio permanece: transformar as denúncias em mudanças reais e garantir que o futebol brasileiro seja motivo de orgulho não apenas dentro de campo, mas também fora dele.

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